Passei alguns dos Ăşltimos carnavais velejando na baĂa de FlorianĂłpolis, na companhia de dois amigos, o capitĂŁo PirĂŁo – um velejador experiente – e principalmente, do vento e da água.
Quando chegamos na baĂa confesso que esperei que a nossa vela fosse maior, mas a pequena “lâmpada” se revelou uma embarcação aventureira, por entre as ondas calmas de uma área controlada por terra, o maior desafio era a tripulação e as emoções das primeiras experiĂŞncias na água, depois daquilo, entendi o mundo de outra forma, antes disso, tudo era tĂŁo certo.
Sol, vento e água, a instabilidade infinita e a minha completa inabilidade de prever as correntes e os ventos. Estive tenso durante todo o primeiro dia e por algumas vezes coloquei a tripulação em risco, foram apenas alguns banhos e um tropeço em um trapiche desconhecido, que servia de porto a um isolado restaurante, que só pude avistar quando estava a poucas milhas. Cheguei molhado, mas, felizmente estava quente e com o tombo eu anunciava, alà chegava um velejador amador.
Todo mundo já foi um aprendiz em algo, em um dos livros lidos por Steve Jobs intitulado Zen Mind. Begginer’s mind. Onde Shunryu Suzuki, atenta para a necessidade de permanecermos principiantes, aprendizes em todos os momentos, para que você não seja escravo de sua mente, e, assim, surpreendidos pelas suas mais fantasiosas imaginações. Aquele que tem a mente de aprendiz está sempre aberto como uma criança a aprender e adaptar-se a cada nova situação, momento, tempo e estação.
Tudo isto faz cada vez mais sentido, em um tempo em que aprendemos que nada sabemos e somos surpreendidos pela vida, como na vela – a nossa pequena embarcação – rumando pelo incerto, a nossa Ăşnica certeza.
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Abraço,
Marcelo