Caro leitor,
Depois deste shift econômico poderemos saber qual é a dimensão do prejuízo, a extensão do problema, ou ao menos, teremos uma melhor ideia do que aconteceu com o mundo.
Está é a maior crise econômica de todos os tempos e ela dá início a uma nova era.
Quão difícil é aceitar a realidade.
Os que mais se debatem tentando salvar os seus negócios em modelos de negócios antigos são os que mais perdem. Quanto maior é o tempo levado para mudar uma opinião, maior será o tempo necessário para aceitar a mudança.
Até os bancos estão preocupados com o seu modelo de negócio, eles estão na fila e sofrerão com a digitalização do mundo.
O vale do silício deu início a uma nova era e bilhões de pessoas serão impactadas pelo shift. Quem titubear ficará comendo milho.
Já vimos esta transição acontecer nos mais variados setores e ela simplesmente engolirá os setores com menores margens e lentos. Sem diferenciais competitivos de longo prazo e menos resilientes às mudanças e desta forma menos adaptáveis às novas necessidades humanas.
Se a bolsa está em 100 mil pontos em meio ao COVID e a maior crise financeira da história onde estaríamos sem ela? nos 150 mil pontos, quem sabe?
O destaque é a digitalização. O Nasdaq Composite tem surfado em ondas altas devido a sua composição tecnológica, veja algumas valorizações dos últimos 12 meses.
Amazon 59,92%, Netflix 43,36% Apple 89.89% , NVIDIA 151.21%, Tesla 525.39%, Zoom 200.74%.
Para alcançar isto é preciso abrir mão de antigos limites, o primeiro é a tecnologia, obviamente, e a nossa geração é a mais beneficiada pois conhece tanto estas marcas como as antigas gerações conheciam a Ford Motors – um antigo sucesso.
O segundo limite é o limite da moeda, para alçar vôos maiores não se pode depender única e exclusivamente de uma moeda de terceiro mundo em um mundo globalizado, nesta parte os beneficiados foram os que superaram o limite anterior. Superaram o limite da tecnologia e estão investindo no exterior.
O dólar combinado com ações no exterior, para brasileiros, pode ser a loteria da vida para os abertos as novas oportunidades.
A própria Berkshire Hathaway acumulou desvalorização de -14.55% em 12 meses, e estamos falando não apenas de uma empresa, mas sim, um conglomerado que tem no seu core a ciência da análise de riscos onde o seu principal acionista, Warren Buffett, é hoje o segundo homem mais rico do mundo.
O terceiro limite é aprender que caixa é rei. O dinheiro na mão não é vendaval, é o que manda, na crise e fora dela. Vejamos o cidadão que adquiriu um imóvel de 400 mil reais (plus financiamento bancário e taxa de juros altíssima de poucos 3-5 anos atrás), no final, pagou tão alto o valor do imóvel que hoje, 5 anos depois, poderia comprar à vista e ainda teria uma sobra de dinheiro no bolso.
A Magazine Luiza, talvez a futura high-tech brasileira rendeu nos últimos 3 anos 1622.44%
Tanto é assim que os destaques da bolsa são as empresas de tecnologia com caixa forte, este é o segredo, no Brasil e fora.
Abraço.
Marcelo